É o conjunto de boas práticas que regulam a maneira como uma empresa deve ser dirigida e controlada a fim de proteger as partes interessadas.
O objetivo da governança é criar mecanismos eficientes de controle, monitoramento e gestão para garantir que as decisões tomadas pelos executivos estejam alinhadas aos interesses dos proprietários ou dos acionistas da empresa.
As regras e diretrizes para Governança Corporativa teve inicio no EUA dos anos 2000 após diversos escândalos que fragmentou a confiança do publico dos mercados financeiros e levou a criação da Lei Sarbanes-Oxley (SOX) que foi promulgada em 2002. A SOX é uma lei complexa que inclui uma ampla gama de disposições destinadas a melhorar a governança corporativa e os relatórios financeiros.
A SOX teve um impacto significativo na forma como as empresas públicas nos Estados Unidos operam. A lei tornou mais difícil a prática de fraude contabilística pelas empresas e ajudou a restaurar a confiança dos investidores nos mercados financeiros.
No Brasil, a governança corporativa ganhou relevância a partir da década de 1990, impulsionada por diversos fatores, como:
O objetivo da governança de TI é avaliar e direcionar o uso eficaz de TI.
O conceito de governança de TI surgiu devido a crescente importância da Tecnologia da Informação.
Necessidade de se promover o seu uso eficaz, eficiente e aceitável dentro das organizações.
Entre os principais desafios, podemos destacar:
1. Falta de cultura de governança: A cultura de gestão de TI no setor público muitas vezes é fragmentada e reativa, com foco na resolução de problemas imediatos em detrimento de um planejamento estratégico de longo prazo. Isso dificulta a implementação de boas práticas de governança e a visão holística da infraestrutura de TI.
2. Recursos limitados: Órgãos públicos geralmente possuem orçamentos limitados para investir em TI, o que pode levar à utilização de equipamentos defasados, softwares sem licenciamento adequado e equipes subdimensionadas. Essa falta de recursos dificulta a modernização da infraestrutura, a implementação de medidas de segurança adequadas e a contratação de profissionais qualificados.
3. Burocracia e rigidez: A rigidez dos processos públicos e a excessiva burocracia podem atrasar a tomada de decisões e dificultar a implementação de novas tecnologias. Além disso, a falta de flexibilidade na gestão de recursos torna difícil a adaptação às mudanças constantes do cenário tecnológico.
4. Descentralização: A estrutura descentralizada da administração pública, com diversos órgãos e entidades autônomas, dificulta a padronização de processos e a implementação de políticas de TI uniformes. Essa fragmentação pode levar à duplicidade de esforços, à incompatibilidade de sistemas e à falta de integração entre os diferentes órgãos.
5. Segurança da informação: A segurança da informação é um dos principais desafios da Governança de TI no setor público, pois os dados governamentais são alvos frequentes de ataques cibernéticos. A falta de recursos, a inadequada gestão de acessos e a ausência de políticas de segurança robustas aumentam o risco de vazamentos de dados e outros incidentes de segurança.
6. A carência de profissionais qualificados: em TI é um desafio comum no setor público, o que dificulta a implementação de projetos complexos, a gestão da infraestrutura de TI e a prestação de suporte adequado aos usuários. A rotatividade de profissionais também é um problema, pois dificulta a retenção de conhecimento institucional.
7. Legislação complexa: A legislação brasileira relacionada à TI é complexa e fragmentada, o que pode gerar insegurança jurídica e dificultar a tomada de decisões. Além disso, a constante mudança das leis e regulamentações exige acompanhamento constante e atualização das práticas de governança.
8. Desconexão entre as áreas de negócio e TI: A falta de comunicação e colaboração entre as áreas de negócio e TI pode levar à implementação de soluções que não atendem às reais necessidades dos usuários. É fundamental que haja um alinhamento estratégico entre as áreas para garantir que a TI seja utilizada como um instrumento para o cumprimento dos objetivos da organização.
9. Falta de transparência: A falta de transparência na gestão da TI pode gerar desconfiança por parte dos stakeholders e dificultar o controle social. É importante que os órgãos públicos publiquem informações sobre seus investimentos em TI, os resultados obtidos e os riscos envolvidos.
10. Medição e acompanhamento: A dificuldade de medir e acompanhar os resultados das iniciativas de Governança de TI dificulta a demonstração do valor da TI para a organização. É importante estabelecer indicadores de desempenho e mecanismos de acompanhamento para avaliar a efetividade das ações implementadas.
Desafios: Para superar os desafios da Governança de TI no ambiente público, é necessário um esforço conjunto por parte de diferentes stakeholders, incluindo gestores públicos, profissionais de TI, cidadãos e representantes da sociedade civil. Algumas medidas que podem ser tomadas para superar esses desafios incluem:
Cultura e Governança: É fundamental conscientizar os gestores públicos sobre a importância da Governança de TI e incentivar a adoção de boas práticas. Isso pode ser feito por meio de treinamentos, workshops e campanhas de conscientização.
Investimento em Tecnologia: O investimento em infraestrutura moderna, softwares licenciados e profissionais qualificados é essencial para a boa gestão da TI. Os órgãos públicos devem buscar fontes alternativas de financiamento, como parcerias com o setor privado, para aumentar seus investimentos em TI.
Desburocratizar processos: É necessário simplificar os processos no intuito de tornar o ambiente mais produtivo, atualizado com as principais normas de controle do mercado atual.